Policiais civis são suspeitos de estuprar adolescente em Marabá
Escrivão e investigador negam o crime. Inquérito apura o caso.
Jovem teria sido estuprada no banheiro da delegacia e depois em hotel.
Jovem teria sido estuprada no banheiro da delegacia e depois em hotel.
Um inquérito investiga a suspeita de que dois policiais civis lotados na Seccional da Cidade Nova no município de Marabá,
no sudeste do estado, teriam estuprado uma adolescente de 17 anos em
janeiro deste ano. A jovem teria sido apreendida após participar de uma
tentativa de latrocínio junto com o namorado, que foi preso. A violência
sexual teria ocorrido duas vezes.
Os agentes negam o crime. O escrivão da
Polícia Civil Jorge Tadeu Guilhon é um dos suspeitos de ter cometido o
crime contra a adolescente, mas nega qualquer participação no crime.
“Nem tive nenhum contato com essa moça que me acusa de ter estuprado
ela”, afirmou.
Segundo a denúncia, o escrivão teria
estuprado a adolescente no banheiro da delegacia de Marabá, junto com um
investigador. Este último teria estuprado a jovem pela segunda vez em
um hotel da cidade, quando a menor estava sendo encaminhada para o município de Redenção, também no sudeste paraense, onde reside.
O advogado que defende os policiais
afirma que nada do que foi relatado pela jovem aconteceu. Os policiais
continuam trabalhando normalmente.
Segundo o delegado da Superintendência
Regional do Sudeste do Pará, Ricardo do Rosário, até o final desta
segunda-feira (7) deve ser publicada uma portaria que vai garantir a
transferência dos servidores para outro município.
“O objetivo é preservar a imagem dos
policiais até o fim da apuração do caso, que vai identificar se é ou não
verdade”, afirmou Rosário, que disse ainda que se os policiais forem
culpados e condenados, serão imediatamente exonerados e presos.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Funcionais da Polícia Civil, localizada na capital paraense.
O Ministério Público do Estado do Pará
investiga o crime e informou que todas as medidas cabíveis já estão
sendo adotadas, mas que só irá se pronunciar sobre o caso no final do
inquérito policial. (G1 Pará).